PSG é condenado a pagar 55 milhões de euros a Mbappé

A Comissão Paritária da Liga Francesa de Futebol confirmou, nesta sexta-feira (25), a sentença em favor de Kylian Mbappé contra o Paris Saint-Germain (PSG). Portanto, o clube terá que desembolsar 55 milhões de euros (cerca de R$ 338 milhões) para o atacante.
O jogador alega não ter recebido valores referentes a salários e bônus acordados em contrato. O PSG ainda pode contestar a decisão, já que tem a opção de recorrer à Comissão Superior de Recurso da Federação Francesa de Futebol.
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Esse montante está relacionado aos últimos três meses de salários e ao bônus de assinatura do contrato mais recente de Mbappé com o PSG. No entanto, o clube parisiense se recusou a efetuar os pagamentos. O argumento é que o jogador havia rompido um acordo verbal feito com o presidente do clube, Nasser Al-Khelaïfi, em agosto de 2023.
Na ocasião, Mbappé teria prometido “perdoar” o valor de 55 milhões de euros, o que contribuiu diretamente para sua reintegração ao elenco principal.
Por outro lado, os representantes do jogador exigem que a quantia total seja paga, afirmando que o jogador tem direito ao valor. O impasse judicial, que começou há alguns meses, pode acabar sendo levado à UEFA e aos tribunais trabalhistas da França.
Entenda o caso Mbappé
A disputa entre Mbappé e o PSG começou quando o atacante decidiu não ativar a cláusula de renovação automática por mais um ano com o clube. O atleta estava no meio das negociações com o Real Madrid.
Desde então, a imprensa francesa previu que uma batalha judicial era iminente. O PSG indicava que não pagaria integralmente o bônus de lealdade ao jogador.
No início da temporada 2022/23, Mbappé foi retirado da viagem de pré-temporada do PSG à Ásia, após informar ao clube que não renovaria seu contrato até 2025. Posteriormente, houve um acordo que previa a reintegração do jogador ao elenco, desde que ele renunciasse aos 55 milhões de euros que teria direito como parte de seu bônus de fidelidade.
Entretanto, segundo o jornal francês L’Equipe, nenhum documento oficial foi assinado, e os termos do contrato original ainda são juridicamente válidos. Mbappé, portanto, não abre mão de seus direitos e o confronto legal entre as duas partes segue em andamento.
O PSG tem a possibilidade de apelar da decisão; contudo, o caso pode se arrastar até instâncias superiores, como a UEFA ou a Justiça trabalhista francesa.